Em reunião por vídeoconferência com o Fórum dos governadores do Brasil, na manhã desta sexta-feira (05), o embaixador da China, Yang Wanming confirmou o cumprimento dos contratos e acordos para entrega dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs) para a produção de vacinas contra a Covid-19 pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz. Os contratos preveem a entrega de material suficiente para produção de 100 milhões de doses até o final deste ano.

A governadora do Rio Grande do Norte, professora Fátima Bezerra defende um ritmo mais rápido na aplicação das vacinas. "Vivemos uma das crises mais severas já ocorridas no mundo. Através do Fórum dos Governadores estamos intensificando a luta por mais vacinas. O Brasil demorou a iniciar vacinação. Nós governadores vimos para esta reunião com muita esperança de que a China vai continuar sendo cada vez mais parceira do Brasil e obtivemos a confirmação de que as IFAs vão chegar para que a Fiocruz e o Instituto Butantan possam produzir as vacinas para a imunização do povo brasileiro", afirmou Fátima Bezerra.

Fátima destacou que a importância de agilizar o processo de vacinação é fundamental para salvar vidas, para o retorno às aulas presenciais do sistema educacional e para manter as atividades econômicas em funcionamento. "Enfrentamos estes desafios há quase um ano. Agradeço a disponibilidade e o compromisso afirmado pelo embaixador Yang e, assim como os demais governadores, não tenho dúvida que a China manterá a parceria com o Brasil", pontuou.

O secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia, reforçou que as palavras do embaixador possibilitam a continuidade da produção da vacina pelas duas instituições brasileiras e abre possibilidade de importação de outra vacina chinesa, a Sinofarma, a ser incorporada ao Plano Nacional de Imunização, através da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Yang Wanming disse que a vacina para combater a Covid-19 "é questão técnica e não política. Pelo lado chinês, estamos cumprindo todos os contratos e acordos com o Brasil". Ontem, chegou novo lote ao Butantan e até a primeira quinzena de fevereiro será possível produzir 8 milhões e 600 mil vacinas. A previsão é de que sejam entregues ao Butantan e à Fiocruz IFAs suficientes para a produção de 100 milhões de doses no Brasil por cada laboratório, com média de 30 milhões de doses por mês.

O PLANO ESTADUAL DE IMUNIZAÇÃO

- O Rio Grande do Norte recebeu até hoje 128 mil doses de vacinas contra a Covid-19: Coronavac 97.040 e Oxford/AstraZeneca 31.500. 

- O primeiro lote da Coronavac chegou ao Rio Grande do Norte no dia 19/01. O segundo lote do imunizante, com 14.600 doses, chegou no dia 25/01. 

- As primeiras 82.440 doses foram destinadas aos 167 municípios potiguares, 24 horas após a chegada da vacina ao solo potiguar.

- O primeiro lote foi destinado a 39.258 potiguares com duas doses, priorizando trabalhadores de saúde e pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência (institucionalizadas).

- No dia 24/01, o Governo do RN recebeu mais um lote de vacinas, desta vez da Oxford/AstraZeneca, com 31.500 doses. 

- O lote inteiro será aplicado em mais de 30 mil profissionais da saúde, visto que o intervalo necessário entre a primeira e a segunda dose é de 12 semanas e o Ministério da Saúde garantiu o envio de outro lote da vacina da Oxford em tempo hábil.

- Segundo dados do sistema RN Mais Vacina, até a noite desta sexta-feira (04), 59.512 pessoas já haviam sido vacinadas no estado. Desenvolvido pelo Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Sesap, em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a ferramenta já conta com mais de 587 mil pessoas cadastradas.

Fotos: Elisa Elsie

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