A AES Brasil, responsável pela construção do Complexo Eólico Cajuína, na região central do Rio Grande do Norte, firmou um Acordo de Investimento com a multinacional BRF, uma das maiores processadoras de alimentos do mundo. 

As duas companhias constituíram uma joint venture, com controle compartilhado, e devem investir juntas R$ 825 milhões em um bloco eólico com capacidade instalada de 160 megawatts dentro do complexo Cajuína, localizado entre as cidades de Angicos, Pedro Avelino, Lajes e Fernando Pedrosa.

A previsão é de que as obras sejam iniciadas entre outubro e novembro deste ano, e o parque entre em operação em 2024. Inicialmente, a BRF investirá R$ 80 milhões, com um custo estimado de R$ 5,2 milhões por megawatts instalado, segundo fato relevante divulgado no último dia 17 deste mês. De acordo com o contrato de compra e venda de energia, com validade de 15 anos, 100% dos 80 megawatts/hora gerados serão consumidos pela BRFoods, subsidiária da BRF. A multinacional brasileira é apenas um dos investidores no Complexo Eólico Cajuína.

No início deste ano, a AES Brasil firmou parceria com outras duas empresas, a Ferbasa - Ferro Ligas da Bahia, e a Minasligas, uma das maiores produtoras de ferro, silício e silício metálico no País. 

Em entrevista à Tribuna do Norte, Rogério Pereira Jorge, diretor de Relacionamento com o Cliente da AES Brasil, explicou que Cajuína é um grande ‘condomínio’ de 1.500 megawatts de potência instalada e um investimento global de quase R$ 6 bilhões, e que para baratear custos a companhia adotou a estratégia de comercializar o empreendimento por blocos. 

“A ideia era ter disponibilidade para desenvolver os projetos de acordo com o que for vendendo para os clientes. Primeiro, negociamos com a Ferbasa que pegou 160 megawatts de potência instalada, a Minasligas, 80 megawatts, e agora a BRF está contratando 160 megawatts. A vantagem disso é que todo mundo acaba pagando mais barato”, afirma Rogério Jorge. 

Segundo ele, o desenvolvimento desses dois projetos já está mais avançado. Só o complexo Cajuína, segundo Rogério Jorge, deve aumentar em 30% a capacidade instalada de energia eólica no Estado, considerando que o Rio Grande do Norte tem 5,2 GW de potência instalada. Ele diz que o complexo é “superestratégico para a empresa”, porque permite criar um ‘cluster’ numa região que tem muito potencial de energia. Confira a entrevista.

Confira a entrevista completa com Rogério Jorge clicando AQUI.

Tribuna do Norte

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