O diretório estadual do MBD no Rio Grande do Norte estuda processar o deputado estadual Adjuto Dias por infidelidade partidária. O motivo é o fato do parlamentar trabalhar — há pelo menos dois anos — contra a legenda, dentro e fora da Assembleia Legislativa. 

As informações são de uma fonte qualificada junto à direção do partido no estado.

Em 2022, Adjuto Dias fez questão de apoiar um candidato de oposição à chapa formada pela Fátima Bezerra (PT) e seu vice, o presidente do MDB no Estado, Walter Alves. 

Além disso, sempre que pode, o deputado se coloca publicamente contra o MDB e — mais recentemente — passou a pleitear a possibilidade de mudar de partido para disputar o cargo de prefeito como opositor ao candidato apoiado pelo MDB na cidade. 

A janela partidária atualmente aberta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) serve apenas a vereadores. Mesmo assim, Adjuto Dias quer autorização do partido para atuar nas eleições como candidato que vai fazer oposição ao MDB, legenda que lhe deu a cadeira de deputado. 

Na avaliação dos integrantes do partido — explica a fonte — o próprio parlamentar premeditadamente constitui os motivos que forçam o partido a agir, até por uma questão de respeito aos demais integrantes da legenda no estado. 

Segundo as informações repassadas, o setor jurídico do MDB já está trabalhando na ação inicial. A janela partidária para mudança de partido visando as eleições municipais acaba dia 6 de abril. 

Em Caicó, para as eleições de 2024, o MDB vai apoiar o candidato à reeleição, Judas Thadeu (PSDB). A decisão é uma questão de coerência política. Desde 2022, o partido de Walter Alves está dentro da aliança que engloba o partido do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB); e também o partido da governadora Fátima Bezerra. Atualmente, em Caicó, a aliança também conta com a participação do PP, partido do deputado João Maia.

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