O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), recebeu uma comitiva formada por membros da Associação dos Criadores de Camarão do Rio Grande do Norte, (ACCRN). Na pauta da reunião, as dificuldades enfrentadas pelo setor, entre elas a portaria do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) que exige a outorga da água salgada depois de utilizada nos viveiros de camarão. 

De acordo com a categoria, essa exigência contradiz a Lei nº 9978, aprovada pelos deputados estaduais em 2015, denominada Lei Cortez Pereira, que regulamenta a atividade de carcinicultura em bases sustentáveis, desenvolvida no Rio Grande do Norte, dificultando e encarecendo as licenças ambientais do setor.

“Os pleitos são importantes e necessários para que o setor continue forte em nosso Estado. Os senhores querem produzir, gerar emprego e renda. Não se pode mais burocratizar e dificultar a vida de quem faz esse Estado”, disse Ezequiel Ferreira.

De acordo com o presidente da ACCRN, Orígenes Monte, o pleito mais importante da categoria é que a Lei Cortez Pereira seja cumprida à risca, o que representaria a revogação da portaria do Igarn, que hoje está suspensa por 180 dias.

“Baseada na lei, essa outorga é uma coisa completamente sem sentido porque não vai faltar água salgada no mundo. Ela está sendo maquiada como sendo uma exigência de efluente, o que não é. Na verdade só veio para aumentar os custos e para complicar a vida de quem produz”, indignou-se.

Orígenes Monte destacou ainda que hoje a portaria encontra-se suspensa, mas que a revogação definitiva traria segurança para o setor. “Essa outorga é uma ameaça que vem sendo renovada a cada seis meses. Precisamos que ela seja revogada de uma vez por todas, trazendo segurança para o produtor, principalmente para os micros e pequenos criadores”, finalizou.

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