Nesta quinta, a notícia de que Eliel Barbalho, 41 anos, sofreu uma ataque cardíaco levantou mais uma vez o alerta para a incidência de infarto entre os jovens. Infarto, parada cardíaca e acidente cerebral vascular, juntos, compõem a principal causa de morte em todo o mundo.
O Portal Tribuna do Cabugi bucou fazer um levantamento e descobriu que no Brasil, os casos de infartos registrados por mês mais que dobrou nos últimos 15 anos.
De acordo com a nossa pesquisa, a média mensal de internações decorrentes subiu quase 160% no mesmo período - entre jovens, o crescimento foi 10% acima da média, segundo levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), com base nos dados do Ministério da Saúde.
Feito nosso levantamento, descobrimos que a média mensal de internações por infarto passou de 5.282 para 13.645 entre os homens, e de 1.930 para 4.973 entre as mulheres.
Segundo o cardiologista Leopoldo Piegas, responsável pelo Programa de Cuidados Clínicos do Infarto Agudo do Miocárdio HCor, reconhecido pela Joint Commission International (JCI), explica que o problema é causado quando uma artéria é contraída ou obstruída, de forma parcial ou total.
“O músculo cardíaco requer uma demanda constante de sangue rico em oxigênio para manter seu funcionamento adequado. Se algo impede o fluxo sanguíneo, o coração tem suas atividades comprometidas. Por isso, conhecer os sintomas e procurar ajuda rapidamente são atitudes de extrema importância”, esclarece.
— Dores e sensação de aperto no peito, falta de ar, fadiga e náusea. Esses e outros sintomas em conjunto, de acordo com Dr. Piegas, são fortes indicações de que uma pessoa pode estar sofrendo de infarto. Mas cerca de metade deles são silenciosos, ou seja, não apresentam qualquer sinal.
“A presença de alguns fatores de risco considerados clássicos expõe as vítimas a um maior risco de desenvolver doenças cardíacas. As consequências de um ataque cardíaco sem sintomas podem ser tão ruins quanto as de um ataque facilmente reconhecido”, explica.
Prevenção e cuidados
A importância da prevenção e a necessidade de fazer exames preventivos regularmente são medidas fundamentais para detectar precocemente os infartos silenciosos. Pessoas que apresentam histórico familiar ou fatores de risco devem visitar o médico mais cedo.