O deputado federal Benes Leocádio (PRB) defendeu nesta quinta-feira (11), em entrevista ao portal Nominuto.com, a necessidade do Estado em realizar a própria reforma da Previdência e revelou os motivos pelo qual se posicionou a favor da PEC 06/2019, aprovada na noite de ontem na Câmara Federal.
Segundo o parlamentar, governos anteriores já tentaram fazer uma reforma previdenciária e não conseguiram, mas agora a necessidade é mais urgente. Para ele, apesar de amarga para alguns, a PEC 06/2019 tem como objetivo melhorar a vida da população e pode fomentar a geração de empregos.
“Claro que não temos garantias de que a aprovação da reforma irá resultar em desenvolvimento econômico e geração de empregos, mas o mercado sinalizou que aguarda aprovação da PEC para retomar os investimentos”, comentou Benes Leocádio.
O deputado lembrou ainda que, embora não tenha sido incluído na proposta federal, os estados e municípios precisarão fazer suas próprias reformas nas assembleias legislativas e câmaras municipais. Neste contexto, ele citou a situação do Rio Grande do Norte como exemplo.
“A arrecadação do nosso estado já não está sendo suficiente para pagar os servidores inativos, sem duvidas após a aprovação da PEC no Congresso Nacional, irá ter que ser realizado uma proposta de reforma da Previdência na Assembleia Legislativa”, pontuou o parlamentar.
Ainda sobre o voto favorável a PEC da Previdência aprovado ontem na Câmara, o deputado do PRB revelou que escolheu assumir a responsabilidade de votar um texto que pode ser considerado impopular por alguns, mas que é extremamente importante para o país.
Benes Leocádio reafirmou ainda que a sua decisão também foi embasada no direcionamento da sua legenda, o PRB. Contudo, reiterou que a retirada de alguns pontos do texto enviado ao Planalto e modificado na Câmara também foram importantes para seu voto favorável.
O deputado também destacou que votou a favor da proposta devido à retirada do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do aumento de tempo de contribuição para a aposentadoria rural do texto da PEC, assim como também disse que a decisão de criar uma regra diferenciada para professores foi essencial. No texto aprovado ontem, trabalhadores privados podem se aposentar com idade mínima de 65 anos, enquanto os professores podem gozar deste direito com 57.
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