O edital foi publicado no início de setembro e segue com prazo para apresentação de propostas até o final do mês. A previsão é de que a abertura dos envelopes ocorra dia 4 de outubro.
Os valor arrecadado da Justiça será usado para pagamento de dívidas trabalhistas e credores como a União, o município, o banco Bradesco, entre outros embargantes. O imóvel está penhorado em pelo menos quatro processos.
Somadas, as dívidas passariam dos R$ 70 milhões, de acordo com alguns dos envolvidos, que preferiram não dar entrevista. Alguns dos processos duram cerca de 20 anos.
A venda direta de imóvel penhorado foi determinada pelo juiz Ricardo Augusto de Medeiros Moura, da Central de Avaliação e Arrematação da Comarca de Natal.
A empresa chegou a recorrer ao Tribunal de Justiça e à Justiça Federal, mas teve os pedidos de liminar para suspensão do leilão negados.
Em 2017, um leilão do imóvel chegou a ser anunciado pela Justiça do Trabalho, mas foi suspenso.
O g1 ligou para a administração do shopping nesta quarta-feira (22), mas não conseguiu contato com os responsáveis até a publicação da matéria.
De acordo com a Justiça, o shopping tem mais de 14,2 mil metros quadrados de área construída em um terreno com 35,6 mil metros quadrados e conta com 204 lojas e 12 boxes.
Durante a pandemia da Covid-19, o estabelecimento foi usado como um dos principais pontos de vacinação montados pela prefeitura de Natal.
Segundo o chefe da secretaria da Central de Avalição, José Diniz, nenhuma proposta havia sido apresentada até esta quarta-feira (22), porém pelo menos três grupos teriam procurado a secretaria para tirar dúvidas sobre o edital até o momento. "Pela nossa experiência, geralmente deixam para apresentar as propostas no fim do prazo", disse.
Ainda de acordo com ele, os interessados que tiverem propostas abertas no dia e atenderem aos requisitos mínimos do edital poderão começar uma nova negociação presencialmente, oferecendo valores mais altos, até chegar a um vencedor.
g1RN