Primeiro júri foi cancelado após abandono da defesa
A primeira sessão do Júri Popular, realizada em junho deste ano, foi interrompida após os advogados do réu abandonarem o plenário. A defesa alegou cerceamento, afirmando que suas perguntas foram indeferidas pelo magistrado, mesmo sendo consideradas essenciais para a tese apresentada.
O Ministério Público sustentou que os questionamentos poderiam ferir a dignidade da vítima, e o presidente da sessão acatou o pedido, indeferindo as perguntas. Diante disso, os advogados deixaram o salão do júri.
Quando o julgamento foi cancelado, todas as testemunhas de acusação já haviam sido ouvidas, e o conselho de sentença iniciaria os depoimentos da defesa. A sessão foi remarcada conforme a disponibilidade do calendário da 2ª Vara Criminal.
O caso
Zaira Cruz foi encontrada morta no dia 2 de março de 2019, sábado de Carnaval. O policial militar Pedro Inácio responde por estupro e homicídio.
Inicialmente, o processo tramitou na 3ª Vara da Comarca de Caicó. No entanto, a defesa solicitou o desaforamento para Natal, alegando risco à imparcialidade do júri na região do Seridó devido à grande repercussão do caso. O pedido foi aceito, e o julgamento passou a ocorrer na capital potiguar.
