Foto: Márlio Forte

A política é uma atividade dinâmica,
inconstante e por vezes perversa. Neste domingo (15), o Rio Grande do
Norte presenciou a segunda convenção eleitoral com disputa interna de
partido.
A primeira foi em 2008, quando Wilma,
então Governadora, negou o seu PSB para Rogério Marinho disputar a
Prefeitura de Natal. Wilma foi apoiar Fátima e Rogério optou por
Micarla. As consequências de longo prazo trouxeram uma derrota para
Wilma e outra para Rogério Marinho, ambos em 2010. Agora, novamente
estão juntos. Talvez, tenham reconhecido os erros do passado. Ou talvez a
comodidade momentânea da política, para um e para outro, obrigou-os a
ser assim.
Num domingo chuvoso, tenebroso e tenso, o
DEM negou legenda para que Rosalba Ciarlini disputasse a reeleição. Um
fato inédito. Pela primeira vez um governo no RN não disputa a
permanência no poder. As consequências são imprevisíveis, porém
justificáveis.
Agripino com um equilíbrio emocional
elogiável e a postura que sempre lhe pertenceu, justificou o isolamento
político da amiga e governadora, problemas jurídicos e baixo índice de
popularidade, como pontos para uma aliança partidária do DEM com o PMDB.
Rosalba lembrou a trajetória vitoriosa, o
esforço para Governar o Rio Grande do Norte e a lealdade de sempre com o
amigo Agripino.
Para concluir, ninguém duvide: chegam ao fim uma amizade e uma história de 40 anos.
Chega ao fim uma aliança política de 30 anos.
De agora em diante, Rosalba seguirá um caminho.
E Agripino…outro.
Se lá na frente estarão novamente juntos, o tempo é o senhor da razão.
Mas hoje são mágoas profundas. De ambos
os lados. Agripino pelo tratamento que recebeu do casal ao longo dos
três últimos anos de Governo. Rosalba pela negativa de disputar a
reeleição.
E assim segue a política.