Será realizada nesta sexta-feira, 15, a partir das 18h30, na Igreja de Santa Teresinha, em Natal, a missa de um ano de falecimento da ex-governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria.

A professora Wilma de Faria, primeira mulher a governar o Rio Grande do Norte, falecia aos 72 anos de idade na Casa de Saúde São Lucas, em  Natal. Wilma faleceu de falência múltipla dos órgãos e vinha convivendo com um câncer há mais de dois anos.

Wilma Maria de Faria, nasceu em 17 de fevereiro de 1945, era natural da cidade de Mossoró, interior norte-rio-grandense, porém radicou-se em Natal, capital potiguar.  Era formada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN), foi Mestre em Educação pela mesma universidade. Foi professora do Departamento de Educação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFRN.

VIDA PÚBLICA 

Iniciou sua vida pública como presidente do Movimento de Integração e Orientação Social (MEIOS),  mesma época em que exercia a função de primeira-dama do Rio Grande do Norte, na gestão do governador Lavosier Maia.   Posteriormente, assumiu o comando da Secretaria de Trabalho e Bem-Estar, durante o primento mandato do governador  José Agripino Maia. 

CARREIRA POLÍTICA

Em 1985, Wilma disputa a sua primeira eleição, saindo como candidata à Prefeitura de Natal pelo Partido Democrático Social (PDS), formando chapa com o ex-deputado Pedro Lucena, do PFL. Wilma obteve 82.136 votos, mas acabou sendo derrotada pelo deputado estadual Garibaldi Alves Filho, candidato do PMDB. 

Em 1986, disputou uma vaga na Câmara dos Deputados e se elegeu a primeira mulher deputada federal do Rio Grande do Norte com uma expressiva votação de 143.583 votos, sendo inclusive a mais votada do pleito.  Tomou posse no cargo em fevereiro do ano seguinte, passando a atuar nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte. 

Dois anos depois, Wilma lança novamente sua candidatura a prefeita de Natal, desta vez filiada ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), tendo o advogado Ney Lopes de Souza, como seu vice-prefeito. Elegeu-se para o respectivo cargo com 93.728 votos, derrotando o deputado federal Henrique Eduardo Alves, candidato pelo PMDB.  

Wilma tomou posse no Palácio Felipe Camarão (sede do poder executivo natalense),  em 1º de janeiro de 1989, tornando-se a primeira mulher prefeita da capital potiguar, cargo que exerceu até o fim de 1992. Nesse mesmo ano, apoiou a candidatura de seu ex-secretário municipal Aldo Tinoco, impondo uma nova derrota ao deputado federal Henrique Alves. 

Em 1994, Wilma de Faria concorreu ao Governo do Estado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), tendo o seridoense Binha Torres (PSB), como seu companheiro de chapa. Entretanto, ocupou o  quarto lugar, com 35.591 votos. 

Mas, apesar da derrota a “guerreira” elegeu-se prefeita de Natal pela segunda vez nas eleições  municipais de 1996, pelo PSB. Ela  conquistou 136.396 votos e derrotou a deputada estadual Fátima Bezerra no segundo turno. Seu vice-prefeito, foi o vereador  e presidente da Câmara Municipal de Natal, Marcílio Carrilho, do PFL. 

Reelegeu-se prefeita no pleito de outubro de 2000, com 178.016 votos, impondo uma nova derrota a deputada estadual Fátima Bezerra. Desta vez, seu vice-prefeito foi o deputado estadual Carlos Eduardo Nunes Alves, do PMDB. 

Porém, Wilma não concluiu seu terceiro mandato à frente da Prefeitura de Natal, já que veio a renunciar ao posto em abril de 2002 e lançou-se candidata ao Governo do RN, pelo PSB no pleito daquele ano. 

Wilma  de Faria saiu vitoriosa dessa campanha ao derrotar o governador e então candidato a reeleição, Fernando Freire, candidato do PPB. Ela foi eleita no segundo turno, tornando-se a primeira governadora do Estado, obtendo 820.541 votos. Nesse pleito, seu companheiro de chapa, foi o deputado estadual Antônio Jácome. 

Disputou a reeleição nas eleições gerais de 2006, desta vez, tendo o deputado federal Iberê Ferreira como seu companheiro de chapa.  Obteve uma nova vitória política com 824.101 votos, derrotando o senador Garibaldi  Alves Filho, candidato ao Governo pelo PMDB.  

Nesse segundo mandato, Wilma permaneceu no cargo até o fim de março de 2010, quando deixou o posto para sair candidata ao Senado da República nas eleições daquele ano. 

Wilma conquistou 651.358 votos nas urnas do Estado, mas não conseguiu se eleger senadora, sendo derrotada pelos ex-governadores Garibaldi Alves Filho e José Agripino Maia. 

Em 2012, ela aceitou sair candidata à vice-prefeita de Natal, na chapa encabeçada pelo ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), elegendo-se no segundo turno.  

Dois anos depois, Wilma disputou novamente o cargo de Senadora da República pelo PSB,   não sendo eleita, ficou em segundo lugar com 636.896 votos, perdendo a campanha para a deputada federal Fátima  Bezerra, do PT.  Apesar disso,  Wilma continuou exercendo o mandato de vice-prefeita até o fim. 

No ano de 2016, foi candidata a vereadora de Natal pelo Partido Trabalhista do Brasil (PT do B), sendo eleita com 4,421 votos. Tomou posse no cargo em janeiro de 2017, função que exerceu até o dia de seu falecimento. 

Até o início dos anos 90, ela foi casada com o ex-governador Lavoisier Maia Sobrinho e foi mãe de quatro filhos: Márcia Maia (deputada estadual), Lauro Maia, Cristina Maia e Cinthia Maia.
Postagem Anterior Próxima Postagem