O Ministro da Justiça e Segurança Pública, ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro acaba de pedir demissão do cargo ministerial do Governo Jair Bolsonaro.

A decisão foi tomada diante da decisão do presidente Jair Bolsonaro de exonerar o então diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo.

Na entrevista, Moro ressaltou os avanços da operação Lava Jato e o trabalho de Maurício Valeixo, ex-diretor da PF exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta manhã. Ele negou ainda que tivesse exigido um cargo no STF para assumir o ministério. Moro afirmou ainda que a única condição que pediu foi um auxílio para sua família em caso de “algo acontecesse”, pois havia aberto mão de seu benefício da Previdência ao deixar o Judiciário.

Na coletiva, ele exaltou ainda o desempenho do Ministério da Justiça no combate ao tráfico de drogas e à corrupção. Ele citou dados como a queda de 19% em assassinatos em 2019.

Troca na PF

Na quinta-feira (23), Bolsonaro informou a Moro sobre a troca na PF, que foi oficializada hoje no Diário Oficial da União. Maurício Valeixo, que deixou o cargo, tinha total confiança do ministro. Desde o ano passado, Bolsonaro falava em trocar o comando da PF a fim de ter maior influência sobre a corporação.

A postura do presidente perante a pandemia de coronavírus também pesou na decisão do ministro. O presidente tem contrariado orientações do órgão de saúde e provocado aglomerações em saídas por Brasília. Bolsonaro também demonstra publicamente ser contrário ao isolamento social, atualmente a única medida considerada eficaz de combate da doença.

Na Polícia Federal, a expectativa é de que Bolsonaro nomeie o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, como chefe da PF.

A entrevista de Moro está sendo concedida no Ministério da Justiça.
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